terça-feira, 9 de setembro de 2008

Salvador?

(Parte V)

Salvador trabalha em seu escritório quando toca o telefone. Era Lucélia transferindo a ligação de Dr. Maciel.

- Alô?!
- Bom dia Salva... acabei de ouvir a fita.
- E aí? O que achou?
- Realmente, parece um caso típico de psicopatia. Esse é daqueles perigosos. Provavelmente não seja a primeira mulher a matar.
- Será Maciel? Acho que você está exagerando hein...
- Que nada... tem todos os traços de um assassino em série! Acho melhor você repassar o caso... é muito perigos..
- Pára Maciel... tá parecendo minha mãe... além do que, o cliente já pagou mais da metade dos honorários... nunca tive problemas com clientes. Olha marquei com sua secretária para hoje. Vou avisar meu cliente e ele vai comparecer.
- Tudo bem, você quem sabe. Faz só uma coisa por mim, verifique o histórico deste homem e cheque todas as informações que ele te passou.
- Vou checar e depois te passo as informações. Muito obrigado. Vou mantendo contato contigo.

Assim que desliga o telefone, interfona pedindo à Lucélia que traga a ficha de Francisco até sua sala.

Olhou todos os detalhes das informações, checou todos os registros e números de documentos e averiguou que tudo estava correto. Logo pensou que Maciel estivesse um pouco assustado com o relato – afinal de contas não era todo dia que um psiquiatra se depara com um psicopata, ainda por cima, assassino.

Ligou para Francisco e pediu que viesse imediatamente para seu escritório.

Após alguns minutos, Lucélia acompanha Francisco até a sala, Salvador já havia avisado que era para o mesmo entrar sem ser anunciado.

- Olá Francisco!
- Oi doutor, novidades?
- Sim. Fui até a delegacia e verifiquei se haviam iniciado o inquérito, mas somente constatei a ocorrência do desaparecimento de Rita. Inclusive, fui até o local do crime. Você tem sorte. Os urubus já estavam se encarregando de limpar todo o local.
- Sério doutor!?!
- Pois é. Mas há um porém. Com certeza o delegado irá te intimar a depor no inquérito.
- Por quê?
- Por causa das ligações e das mensagens no computador. A esta hora os policiais já devem estar colhendo o máximo de informações na casa de Rita.
- Entendi. E o que o senhor acha que eu devo falar?
- Calma. Primeiro gostaria que você conversasse com um amigo meu.
- Que amigo?
- Um amigo meu de longa data, que é psiquiatra.
- Ah doutor, acho melhor não.
- Calma Francisco, eu preciso que você converse com ele, pois dependendo do que ocorrer futuramente, caso você seja indiciado, ele pode nos ajudar efetuando alguns laudos clínicos.
- Mesmo assim doutor, eu não gostaria. Eu não gosto muito de psicólogos, psiquiatras...
- Eu preciso que você entenda que é de extrema importância você se consultar. Confie em mim. Eu sei o que estou fazendo.
- Tudo bem. Não é a toa que o senhor está onde está hoje né.
- Que bom que você entendeu. Só que tem uma coisa. Preciso que você conte tudo. Ele já está sabendo de antemão o que aconteceu, mas fique tranqüilo que é de minha inteira confiança.
- Ok.

Salvador passa o endereço do consultório e a hora da consulta. Despede-se de Francisco e retorna aos demais casos.


*** CONTINUA ***

2 comentários:

Lena Argolo disse...

Uai. Cabou não?
Uia. Perdi os favoritos resolvi achar o blog pelo google. Achei um xará seu, ó só: http://webmail.gazetaweb.com/v2/gazetadealagoas/texto_completo.php?cod=21110&ass=27&data=2002-11-29

Quando postar o The End, avise-me para que eu venha eu descobrir o final que eu já sabia!
;)
Bjs!

S A R A A S S I M disse...

você está escrevendo um livro... rs
entao, vi vc, no prédio em que trabalha... mas eu estava disfarçada (com um big óculos na cara!) vou voltar a frequentar seu blog e vc, vá me visitar quando puder: http://sara.tipos.com.br/
bjs